Material para Estudo - Horário de Atividades

Horário de Atividades - 14/03


Entendendo as Hipóteses de Escrita



Quem  ele é?
O que ele faz?
O que ele precisa fazer?



Pré-Silábico 1
* Utiliza diferentes sinais gráficos para escrever.
*Utilizar apenas letras para escrever.
*Desenha ao invés de escrever.
*Amplia ou reduz significativamente o número de letras para escrever.
* Apropriar-se dos eixos quantitativos e qualitativos usando entre 3 e 5 letras para cada palavra e variando (sem repetir) as letras em uma mesma palavra.

Atividades sugeridas para esta hipótese:
  1. Trabalho intenso com os nomes
  2. Contato com farto material escrito
  3. Observação de atos de leitura e escrita
  4. Audição de leitura com e sem imagens
  5. Atividades com textos que sabem de cor
  6. Atividades para distinção de letras e números
  7. Pesquisa de palavras e letras
  8. Caixa com palavras significativas.

Quem  ele é?
O que ele faz?
O que ele precisa fazer?



Pré-Silábico 2

* Utiliza entre 3 e 5 letras, variando-as para escrever uma palavra (Eixo quantitativo e Eixo qualitativo)

*Associar o número de letras a quantidade de vezes em que se abre a boca para falar (silabar)


Atividades sugeridas para esta hipótese:
  1. Atividades de escrita espontânea
  2. Classificação de palavras ou nomes que se parecem (número de sílabas)
  3. Atividades de pauta sonora (utilizando desenhos e não palavras)
  4. Trabalho intenso com nomes
  5. Manipulação do alfabeto móvel

Quem  ele é?
O que ele faz?
O que ele precisa fazer?


Silábico Sem Valor Sonoro

  • Utiliza o número de letras em relação ao número de sílabas de cada palavra (1 letra para cada sílaba)
  • Não faz relação sonora entre as letras e o que se diz.

*Apropriar-se da consciência fonêmica e relacionar o que se diz a escrita das palavras.

Atividades sugeridas para esta hipótese:
  1. Atividades de consciência fonêmica
  2. Atividades com alfabeto móvel
  3. Bingo
  4. Trabalho intenso com o alfabeto (Nomear, jogo da memória, bingo, dominó)
  5. Classificar palavras em relação à sua letra inicial
  6. Trabalho intenso com nomes (chamadinha e análise)

  1. Quem  ele é?
    O que ele faz?
    O que ele precisa fazer?


    Silábico Com Valor Sonoro

    • Associa o som aquilo que escreve mas utiliza apenas uma letra para cada sílaba.

    *Utilizar sílabas completas para escrever palavras.
    Quem  ele é?
    O que ele faz?
    O que ele precisa fazer?


    Silábico Alfabético

    • Por vezes usa apenas 1 letra para cada sílaba e em outras utiliza sílabas completas.

    *Utilizar sílabas completas para escrever palavras.

Atividades sugeridas para esta hipótese:

  1. Atividades com alfabeto móvel
  2. Caça-palavras; cruzadinha
  3. Palavras lacunadas
  4. Carta enigmática
  5. Escrever no quadrinho
  6. Jogo de caixinha de fósforo com palavras
  7. Forca
  8. Adedanha
  9. Produção de texto onde o professor é o escriba

Horário de Atividades – 21/02/2011 – 17:30 às 19:30


Ambiente alfabetizador
                 Diz-se que um ambiente é alfabetizador quando promove um conjunto de situações
de usos reais de leitura e escrita nas quais as crianças têm a oportunidade de participar. Se os adultos com quem as crianças convivem utilizam a escrita no seu cotidiano e oferecem a elas a oportunidade de presenciar e participar de diversos atos de leitura e de escrita, elas podem, desde cedo, pensar sobre a língua e seus usos, construindo idéias sobre como se lê e como se escreve.
                Na instituição de educação infantil, são variadas as situações de comunicação que necessitam da mediação pela escrita. Isso acontece, por exemplo, quando se recorre a uma instrução escrita de uma regra de jogo, quando se lê uma notícia de jornal de interesse das crianças, quando se informa sobre o dia e o horário de uma festa em um convite de aniversário, quando se anota uma idéia para não esquecê-la ou quando o professor envia um bilhete para os pais e tem a preocupação de lê-lo para as crianças, permitindo que elas se informem sobre o seu conteúdo e intenção.
             Todas as tarefas que tradicionalmente o professor realizava fora da sala e na ausência
das crianças, como preparar convites para as reuniões de pais, escrever uma carta para uma
criança que está se ausentando, ler um bilhete deixado pelo professor do outro período etc., podem ser partilhadas com as crianças ou integrarem atividades de exploração dos diversos usos da escrita e da leitura.
          A participação ativa das crianças nesses eventos de letramento configura um ambiente
alfabetizador na instituição. Isso é especialmente importante quando as crianças provêm de comunidades pouco letradas, em que têm pouca oportunidade de presenciar atos de leitura e escrita junto com parceiros mais experientes. Nesse caso, o professor torna-se uma referência bastante importante. Se a educação infantil trouxer os diversos textos utilizados nas prática sociais para dentro da instituição, estará ampliando o acesso ao mundo letrado, cumprindo um papel importante na busca da igualdade de oportunidades.
            Algumas vezes, o termo “ambiente alfabetizador” tem sido confundido com a imagem
de uma sala com paredes cobertas de textos expostos e, às vezes, até com etiquetas nomeando móveis e objetos, como se esta fosse uma forma eficiente de expor as crianças à escrita. É necessário considerar que expor as crianças às práticas de leitura e escrita está relacionado com a oferta de oportunidades de participação em situações nas quais a escrita e a leitura se façam necessárias, isto é, nas quais tenham uma função real de expressão e comunicação.
            A experiência com textos variados e de diferentes gêneros é fundamental para a constituição do ambiente de letramento. A seleção do material escrito, portanto, deve estar guiada pela necessidade de iniciar as crianças no contato com os diversos textos e de facilitar
a observação de práticas sociais de leitura e escrita nas quais suas diferentes funções e características sejam consideradas. Nesse sentido, os textos de literatura geral e infantil, jornais, revistas, textos publicitários etc. são os modelos que se pode oferecer às crianças para que aprendam sobre a linguagem que se usa para escrever.
            O professor, de acordo com seus projetos e objetivos, pode escolher com que gêneros
vai trabalhar de forma mais contínua e sistemática, para que as crianças os conheçam bem. Por exemplo, conhecer o que é uma receita culinária, seu aspecto gráfico, formato em lista, combinação de palavras e números que indicam a quantidade dos ingredientes etc., assim como as características de uma poesia, histórias em quadrinhos, notícias de jornal etc.
           Alguns textos são adequados para o trabalho com a linguagem escrita nessa faixa etária, como, por exemplo, receitas culinárias; regras de jogos; textos impressos em embalagens, rótulos, anúncios, slogans, cartazes, folhetos; cartas, bilhetes, postais, cartões (de aniversário, de Natal etc.); convites; diários (pessoais, das crianças da sala etc.); histórias em quadrinhos, textos de jornais, revistas e suplementos infantis; parlendas, canções, poemas, quadrinhas, adivinhas e trava-línguas; contos (de fadas, de assombração etc.); mitos, lendas, “causos” populares e fábulas; relatos históricos; textos de enciclopédia etc.

Retirado do RECNEI – Vol 3 – Págs: 151 e 152